segunda-feira, 11 de junho de 2007

A Questão do Trafico Humano!


Tráfico de seres humanos envolve 700 mil no mundo.
Nove países da América Latina, incluindo o Brasil, participam do tráfico de pessoas, uma espécie de escravidão moderna que mobiliza anualmente cerca de 700 mil seres humanos pelas fronteiras ao redor do mundo, informou ontem o Departamento de Estado norte-americano. O tráfico atinge especialmente mulheres e crianças, em geral vítimas de trabalhos forçados ou prostituição. México, Brasil, Haiti e República Dominicana são acusados de aplicar medidas insuficientes para combater o tráfico humano. 'É incompreensível que o negócio de seres humanos possa existir no Século XXI', disse o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, que defendeu 'reações internacionais para combatê-lo'. Dos nove latino-americanos citados, apenas a Colômbia figura em um primeiro grupo de 12 nações que possuem leis correspondentes com os padrões mínimos para punir a atividade e proteger as vítimas, mas que encaram certos obstáculos para um combate decisivo. Os outros oito países estão em um grupo de 47 nações do mundo 'sob observação', pois seus governos – como o brasileiro – não obedecem totalmente a esses padrões. Um terceiro grupo é formado por 23 países potencialmente sujeitos a sanções dos Estados Unidos por falta de esforços para combater o problema. Neste grupo, que inclui Israel, Grécia, Coréia do Sul, Rússia, Albânia e Turquia, não aparece nenhum país latino-americano. O relatório detalha as condições nas quais as pessoas são retiradas de suas casas ou países de origem, para serem exploradas em outros locais como mão-de-obra barata. 'Essas pessoas trabalham duramente em oficinas, prostíbulos e explorações agrícolas, privadas de seus direitos, submetidas a ameaças, violência e vivendo em condições horríveis e perigosas', diz o informe. Powell destacou que o tráfico implica tanto os países em desenvolvimento como os industrializados, inclusive os Estados Unidos. O relatório foi feito com base em informações fornecidas pelas embaixadas norte-americanas em 168 países e por organizações não-governamentais e humanitárias, como a Anistia Internacional.